sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Gravidez

Como saber que está gravida?
A gravidez inicia-se quando há a união de um óvulo (célula reprodutora feminina) com um espermatozóide (célula reprodutora masculina), ocorrendo a concepção.
Para se dar a fecundação, é necessário que:
Haja relações sexuais no período da ovulação. Também as relações Incompletas (coito interrompido e a ejaculação sobre a vulva) podem resultar em fecundação;
. Os espermatozóides ao entrarem na vagina pela ejaculação têm de entrar no útero pelo canal cervical através do muco cervical;
. Subir pelo interior do útero;
. Atingir a trompa de Falópio;
. Encontrar o óvulo e nele penetrar.
Após 7 a 10 dias da união entre estas duas células, dá-se a implantação do ovo na parede do útero. A este processo designa-se por nidação.
Começa, assim, a formação de um novo ser que durante aproximadamente 9 meses / 40 semanas / 280 dias permanece no útero da mãe. Ao longo deste tempo vão ocorrer várias transformações até se atingir um desenvolvimento que permita o abandono do feto, do útero materno e viver fora dele. É nesta altura que se dá o parto.

Como saber se está grávida: sintomas e testes.
    A mulher quando está grávida pode apresentar inúmeros sintomas, que indiquem o seu estado. A ausência de menstruação, cansaço, sonolência, aumento de tamanho e de sensibilidade mamária, enjoos matinais e possíveis movimentos fetais, poderão ser indiciados como sinais de uma gravidez. Os sintomas podem variar de mulher para mulher. Um diagnóstico baseado nestes sintomas, não será 100% fiável, pois também poderão estar associados a uma outra situação.
   Para confirmar se há ou não uma gravidez, a mulher poderá dirigir-se a um Centro de Saúde ou a uma farmácia para adquirir um teste de gravidez. O teste de gravidez, consiste na detecção de uma hormona (HCG) que se encontra na urina.
   Este teste pode ser realizado no Centro de Saúde, onde é feito gratuitamente. Caso seja adquirido na farmácia terá um custo associado, que varia entre os 12€ e os 15€, naqueles em que a mulher realiza no domicílio. Ou poderá ser realizado na farmácia por um custo inferior, variando entre os 5€ e os 10€.
 


A gravidez na adolescência

   A gravidez durante a adolescência coloca inúmeras questões que representam, sobretudo, uma alteração nos objectivos na vida do adolescente. Em termos físicos, o corpo ainda não atingiu o completo desenvolvimento e maturidade. Em termos psicológicos, também não foi atingida a maturidade. A personalidade ainda está em formação e a jovem não conseguiu uma completa autonomia em relação a sua própria mãe. Está a desempenhar, essencialmente, o papel de filha e não esta preparada para criar a sua própria família e desempenhar os papéis que são exigidos como mãe. A precariedade das relações afectivas, nesta fase da vida, não contribui também para que se construa uma família.
   Em termos sociais, os jovens com filhos sofrem perdas significativas que vão desde o abandono escolar, com interrupção de uma eventual carreira académica ou profissional que lhes permitiria viver um futuro com melhores condições, até à impossibilidade de desfrutar desta fase da vida como é habitual.
   Por vezes é necessário que, para fazer face a novas necessidades financeiras, ingressem demasiado cedo no mundo do trabalho. Sem completar a sua formação escolar e profissional, serão, frequentemente, pessoas mal remuneradas e com empregos precários o que se reflectirá negativamente na sua realização como pessoas.
Resumindo, a gravidez na adolescência é mais penalizadora para os jovens pois estes sofrem grandes limitações na vivência dessa fase da vida.
 
O que é uma gravidez precoce?
A adolescência implica um período de mudanças físicas e emocionais considerados, por alguns, um momento de conflito ou de crise. Não podemos descrever a adolescência como uma simples adaptação às transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual.
A gravidez na adolescência é, portanto, um problema que deve ser levado muito a sério e não deve ser subestimado, assim, como deve ser levado a sério o próprio processo do parto. Este pode ser dificultado por problemas corporais e comuns da adolescente, tais como o tamanho e conformidade da pelve, a elasticidade dos músculos uterinos, os temores entre outros.
As mães adolescentes têm maiores probabilidades de ter um bebés prematuros ou com problemas de saúde. Uma gravidez sem acompanhamento médico, aumenta consideravelmente o risco da vida delas e a do bebé. A Gravidez na Adolescência é sempre uma situação que motiva angústias e incertezas. Contudo, as adolescentes demonstram a maior parte das vezes orgulho em ter o filho, pretendendo assim levar a gravidez até ao fim.
Essa gravidez pode ser um marco de mudanças quer dos seus comportamentos, quer das suas atitudes.

Bebé prematuro


 Consequências da Gravidez na Adolescência
A gravidez durante a adolescência pode originar diversas consequências, tais como:

. Abandono escolar; a futura mãe tem que afastar-se da escola para poder cuidar do bebe;
. Habilitações literárias insuficientes;
. Emprego precário, ou seja, com baixo salário diminuindo a qualidade de vida;
. Depressão e necessidade de apoio psicológico;
. Passagem directa da infância para a fase adulta, sem parar na adolescência que é a fase de maior desenvolvimento.

A gravidez indesejada na adolescência é vivida pela jovem como um período de muitas perdas. Ela deixa de viver a sua juventude, interrompendo os seus estudos, abandonando a formação profissional e os seus projectos de vida. Por causa dessa nova responsabilidade, pode afastar-se dos amigos, perder a confiança e o apoio da família, que muitas vezes é expulsa e abandona.

 Como conciliar os estudos e à gravidez?

A grávida pode continuar a estudar normalmente durante a gravidez, e, a partir do oitavo mês, terá direito, por lei, a quatro meses de licença de maternidade. Nesses quatro meses, adolescente não precisará de ir à escola ou universidade, e pode fazer os trabalhos e as provas em casa. (idem consequências)
É bom informar-se, antes na secretaria da escola ou da universidade para saber como será o esquema, e exigir o direito. A aluna precisará de apresentar um atestado médico. Os quatro meses podem ser prolongados no caso de a aluna precisar de em casa ficar de repouso, por exemplo.




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